09. Eu Não Sei Viver Se Não For De Pé
Eu
Não Sei Viver Se Não For De Pé
[Heinrich
Köselitz/Juliano
Berko]
Construí
pra mim um braço forte, um arco teso
Sou
um vento do norte contra o espírito do peso
Estão
mais afiadas minhas flechas do desejo
Plena
liberdade nas alturas eu ensejo
Prometeu
no Cáucaso, a minha compaixão
Pela
humanidade levou-me à prisão!
Carregar,
não a pena, mas a culpa é o que seria divino
Onde
eu puder adivinhar, eu odeio deduzir
Onde
eu puder conquistar, eu amo seduzir
Mas,
deixe estar! Pois, eu apenas poderia crer
Em um
Deus que soubesse dançar...
Eu só
sei perder de cabeça erguida
Eu só
sei afirmar o que ainda não é
Eu só
sei lamber a minha ferida
Eu
não sei viver sem dizer sim à vida
Eu
não sei morrer se não for de pé
Cuidado,
não vá se queimar com o fogo do céu
Com
os símbolos dos povos para o bem e o mal
A
chama ainda arde e incendiará todos os véus
Veja
a minha cicatriz: a dor foi infernal
A
verdade é dura: então, ouvi-la de mim antes
Pois,
no lugar de dentes eu tenho diamantes!
Além
de apenado, também me honro em ser o culpado
Fui
melhor punido pelas minhas virtudes
E
elogiado sempre pelas minhas vicissitudes
Mas,
deixe estar! Pois, “One must
have chaos
In itself to give birth to a
dancing star!”
Eu
só sei morrer dizendo “sim” à vida
Eu
não sei viver se não for de pé!
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